29/09/11

Sombras

retirada do site: home colletion


A beleza do singelo, a simplicidade que se demora no entardecer de sombras e luzes que dançam e trocam olhares demorados. Recantos que apetecem para admirar e estar, para sonhar, imaginar, ler, admirar o mundo e os seus pequenos pormenores. O silêncio advinha-se e o sabor da fruta que se derrete na árvores ouve-se o saboreia-se. O tempo parece ter parado e as cores tornam-se mais intensas. São momentos para saborear e recordar. Nada se perde!!

20/09/11

Lobo com pele de cordeiro



Quantas pessoas encontramos assim na nossa vida? Muitas concerteza. Apresentam-se cheias de sorrisos e subtilezas, cheias de piada e vontade de ajudar, de apoiar, de animar, de tudo e mais alguma coisa, normalmente depois desta etapa, começam as pequenas manipulações, as ambiguidades, as omissões, as meias verdades. Do outro lado começa o sentimento de culpa "o que fiz de mal", alguma vitimização à mistura, a confusão, a irritação....e mais uma série de sentimentos tóxicos.

Há que saber distinguir o que está por baixo da pele, olhar para lá das aparências, muitas vezes até há uma leve intuição que não deve ser reprimida ao estilo "lá estou eu já a desconfiar dele/dela é tão boa pessoa"...acima de tudo é necessário termos consciência do que serve ou não serve para cada um de nós.

Para algumas pessoas distinguir o trigo do joio demora uma vida inteira, outras há, que logo ao primeiro olhar distinguem o que mais ninguém vê.

É assim a vida a as pessoas que a compõem.

16/09/11

Ao sabor do vento

Marilyn Monroe

Francisco queria pintar o vento mas ninguém lhe ensinava como fazê-lo. O vento nao se pinta, sente-se, disse-lhe a mae. Tudo se pinta, disse-lhe o professor. Mas como? Sê criativo, procura inspiraçao em outras pinturas. Fecha os olhos e espera que uma imagem venha até ti, disse-lhe a prima Rita. Pinta-o como o imaginas, disse-lhe o seu amigo Vicente.


O vento fazia um som bonito, se fosse músico seria fácil tocar o vento. O vento podia ser frio ou quente, forte ou fraco, ventania ou brisa conforme as circunstâncias. Podia fazer despir casacos e fazer com que as raparigas apertassem as saias nas pernas. O vento podia uivar como os lobos em noites escuras e inspirar poetas, amedrontar almas sensíveis, alimentar contos góticos e adormecer os corajosos. O vento despenteia, levanta saias e chapéus, afugenta espíritos, tráz aromas, embala crianças, refresca tardes de verao, faz levantar voo papagáios de papel, provoca tempestades de areia...


O vento!! sim vou pintar o vento e tudo o que o vento toca.


P.s escrevo num teclado que nao tem o til




04/09/11

Juliette Binoche

Escondeu-se na sua concha, enrolou-se na sua carapaça, protegeu-se do mundo e das suas gentes. Só nao conseguia proteger-se de si. O borbulhar da vida, dos acontecimentos, do lidar com os outros e consigo própria, tudo isto a angustiava, por isso refugiava-se, de preferência isolada, sem ninguém por perto. Dividia o que a rodeava em compartimentos, quer fossem lugares, objectos ou pessoas, todos pertenciam a uma categoria, todos tinham uma etiqueta. Os sítios onde podia ir sózinha, os sítios onde nao gostava de ir sózinha, as pessoas de confiança, aquelas em que nao confiava, as pessoas com energia positiva, as pessoas com energia negativa, os objectos que transmitiam paz e harmonia e os outros que nao transmitiam nada. Era assim que se orientava no mundo.




01/09/11

Mudar de pele

Bette Davies




As cobras largam a pele para depois se renovarem, deitam fora o que já não presta e uma nova roupagem surge. Com alguns Seres Humanos acontece o mesmo, largam o que foram, o que já não serve e a transmutação acontece, nada fica cristalizado, nada fica preso, tudo se renova. Em alguns casos esta mudança implica uma aprendizagem, um crescimento, ter consciência de si e dos outros e de si perante os outros. Noutros casos não, a mudança apenas significa mudar de amigos, renovar o guarda roupa, transferir-se de um lado para o outro, até já não haver mais nada para mudar, apenas eles próprios.